domingo, 7 de julho de 2013

Conferência - O ensino e a educação em S. Pedro do Sul – que caminhos seguir?



Aconteceu no auditório da Escola Secundária de S. Pedro do Sul, em 22 de Junho, a última de cinco conferências temáticas, no âmbito da candidatura à Câmara Municipal de Vítor Figueiredo.


Sob moderação da Dr.ª Lurdes Meneses, começou por intervir o Dr. Alexandre Osório, coordenador da Universidade Sénior (US) da Curia, Anadia, que se pronunciou sobre a sua vasta experiência no ensino não-formal dirigido aos maiores de 50 anos de idade. Depois de enquadrar o funcionamento da US da Curia, sabendo da realidade etária de S. Pedro do Sul e sabendo da presença entre a assistência da coordenadora da US sampedrense (uma iniciativa dos atuais vereadores socialistas, diga-se), o palestrante propôs a itinerância da US pelas freguesias, em função do público-alvo. Quanto aos formadores, tanto poderão ser voluntários, como pagos, dependendo do orçamento e fontes de financiamento, ainda que na Curia privilegiem cada vez mais o voluntariado.



Já o Dr. Rui Santos, com currículo invejável na área do ensino e gestão educativa e com participações relevantes em decisões de dimensão nacional, começou por fazer o enquadramento histórico e evolutivo da educação em Portugal. Com base em dados da OCDE, demonstrou o pormenor de Portugal ter sido o país europeu que mais investimento relativo fez e mais evoluiu na área da educação nos últimos 30 anos. Por exemplo, se em 2002 Portugal possuía 20% da população com formação secundária, dez anos antes possuía apenas metade! E, por isso, lamentou (como todos nós lamentamos) que Portugal exporte tanta mão-de-obra qualificada, sobretudo licenciada, muita dela fazendo falta ao próprio país. Daí as entidades deverem olhar para as conclusões da Estratégia de Lisboa, que definiu metas. E daí, também, as câmaras municipais deverem olhar para a formação profissional, intervindo nomeadamente nos Conselhos Municipais de Educação. 

Por fim, o Dr. Acácio Pinto, vice-presidente da comissão parlamentar da educação na AR, começou por afirmar que é a educação que pode garantir mais igualdade de oportunidades entre as pessoas. E se a educação é uma competência maior do Governo, ela compete também aos conselhos municipais, já que são plataformas onde se definem estratégias de política educativa para os concelhos. Por outro lado, no Conselho Geral de Escola (outro órgão decisor) tem também assento um representante da Câmara Municipal, pelo que, também neste órgão, a autarquia pode fazer valer ideias ou colhê-las. Contudo, atendendo ao contexto de crise socioeconómica que vivemos, cabe à Câmara Municipal desempenhar um papel relevante na área social e escolar, para além de continuar a comprometer-se com a aprendizagem ao longo da vida, como enfatizou o primeiro orador.

 
Seguiram-se questões colocadas por vários assistentes. Entre elas da parte do Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação de S. Pedro do Sul. Com conhecimento de causa, outro interveniente garantiu que o Conselho Municipal de Educação de S. Pedro do Sul não funcionava bem e que deveria ser revisto. A todas as questões foram dadas respostas, sendo que, no final, todos saíram com a noção de que tinha valido a pena assistir a esta jornada de quase 3 horas. 

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